terça-feira, 23 de junho de 2015

Saga de colecionadora

Um conto lindamente baseado em fatos reais.

                Conheci Clara em maio de 2014.Foi num desses meus textões do facebook que caiu de alguma forma na timeline dela. Ela, então, me adicionou. Confidenciou-me depois que arriscou, porque achou que eu fosse uma dessas celebridades de internet. Bom, não sou. Vendo os amigos que temos em comum, não hesitei em aceitar.

                Não sei dizer quando exatamente tivemos a primeira conversa, mas deu a liga. Temos histórias de vida completamente diferentes, mas ideias muito parecidas, gostei dela desde o começo e fiquei realmente feliz que ela tenha me descoberto. Não, não estou dizendo isso pelo que ela fez por mim, já havia dito isso publicamente certa vez, muito antes da minha cobiça de colecionadora envolve-la.

                Sou apaixonada por Coca-Cola desde a infância. Mesmo durante os 4 meses que precisei ficar sem beber por causa de uma cirurgia da garganta, minha paixão pela marca não diminuiu. Sempre participei das promoções da marca e fui juntando alguns itens ao longo dos anos. Quando fui morar sozinha, entretanto, meu amor virou um vício assumido.

                No meu apartamento, juntei todos os itens que colecionei sem me assumir colecionadora e comecei a buscar mais e mais. Encontrei lojas que vendiam diversos produtos da marca e passei a compra-los com frequência, juntando, nesse tempo, uma coleção respeitável.

                Porém, nos tempos de bom salário, não me passou pela cabeça que a Coca-Cola tem milhões de itens mundo afora e que eu cobiçaria loucamente cada um deles. Quando comecei a frequentar grupos de colecionadores no facebook (já pobre e impossibilitada de grandes aquisições), percebi que a importação de itens específicos de outros países é comum.

                Foi nesses que num sábado encontrei uma edição limitada, especialíssima, de aniversário dos 100 anos da garrafa da Coca-Cola. Coisa bem linda, prata, brilhosa – praticamente um espelho – 2500 itens apenas. Enlouqueci. Decidi que eu precisava daquela pequena joia na minha humilde coleção. O item mais valioso. O pequeno testouro.

                E onde entra a Clara nisso tudo? Simples, como toda boa estagiária, eu obviamente não tenho cartão internacional, e a Clara mora nos EUA com o Robert, seu marido. Com a diferença de fuso, ela estava dormindo quando deixei recado no face. Eu tava tão ansiosa pra falar com ela sobre a garrafinha LINDA que a menina sonhou com Coca-Cola!

                Quando ela viu meu recado, topou na hora me ajudar na missão “tesouro da Coca-Cola” e ainda envolveu o marido, que passou o cartão. Mandei um agradecimento especial ao rapaz, afinal, ele não me conhece e comprou a garrafa pra mim. Clara me manteve informada de cada etapa e me mandou uma foto da joinha quando chegou pra ela. Logo depois, ela mandou pra mim.

                Mas como pra mim tudo é drama, pra poder ressarcir Clara, eu precisava ter conta num desses sites de pagamento online, e eu não tinha. Solução? Trocas de sms com meu melhor amigo, Anísio, no meio da tarde com ele tendo mais o que fazer. Quebrou meu galho no mesmo dia e ficou tudo certo.

                Hoje, no meio do dia, meu pai me ligou, tinha chegado uma caixa, diretamente dos EUA, “de uma tal de Clara”. Faltavam 7h pra eu voltar pra casa por causa da aula da noite, e foram longas... bem longas.

                A garrafa é inacreditavelmente linda. É a de número 1218 das 2500, meu primeiro item raro, de edição limitada, e único por um bom tempo. Meu primeiro item numerado, e eu precisei envolver três pessoas para que a garrafinha pudesse estar, hoje, ao alcance dos meus olhos.


                Um abração especial pro Anísio, pro Robert e pra minha linda Clara, que tornaram possível a realização de um sonho. Jamais conseguirei agradecer o bastante!






domingo, 21 de junho de 2015

Abraços à Gramado!

                Então aconteceu. Inesperadamente fui convidada para feira do livro de Gramado – na serra gaúcha. Eu não sei descrever minha alegria! Data marcada, comecei a botar pressão na editora pra ter meu livro por lá. Com tudo combinado, fiquei tranquila só fazendo a contagem regressiva para o dia.


                Chegado dia 21 entre tempestades, fui com minha mãe de carona com minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha. No caminho paramos em Nova Petrópolis para MORRER comendo num café colonial desses de tirar o fôlego.


                
                A chegada em Gramado foi com bastante tempo de sobra para encontrar a banca para onde a editora enviou os livros. Com toda a confusão de transporte que aconteceu no lançamento, tremi na base de medo de chegar lá e não ter livros meus à venda. De fato, não tinha. Pra não mentir, tinha um que havia sofrido graves efeitos da umidade, estava misturado com vários, virado com a capa pra baixo.

                Questionei sobre as vendas e foi aí que minha cor escorregou pra fora do corpo: não havia tido, porque todo o esforço da editora em mandar rápido pra aproveitar a feira ficou fechado em uma caixa num canto de um depósito com meu nome em cima e a data da minha sessão de autógrafos.

                Ainda era cedo, dei uma passeada com a minha mãe e foi somente na volta, faltando 15 minutos pra minha vez, que o pessoal da livraria tirou meus livros da caixa e os colocou em exposição. Foi uma falha imensa que impediu vendas nessa feira, já que hoje era o último dia, mas nada foi maior que a alegria de ver meu livro ali, exposto, pela primeira vez.

                De qualquer forma, até aconteceu uma ou outra venda, mas fui um pouco compensada da falha ao ver de longe que meu livro despertava interesses.



                Chegada a hora do bate-papo, fui apresentada à mediadora, Daniela, e à equipe da feira, uma mais querida que a outra. A Daniela fez ótimas perguntas, fiquei impressionada com o quanto tocou ela a morte de um dos personagens, e feliz de ver essa reação. O bate-papo não podia ter sido mais legal e produtivo, e agradeço DEMAIS a coordenação da feira pela oportunidade linda.





                No final do bate-papo conheci a Raquel, também escritora, dona do horário seguinte de bate-papo e sessão de autógrafos.





                Quero deixar aqui meu carinho e gratidão à Emília, com quem lidei nessa combinação, à Daniela, que leu com atenção e fez ótimas perguntas (além de ser uma pessoa incrível), à Autografia, que fez sua parte, e às lindonas e amadas Alcione e Renata, que eu ainda vou desmascará-las, certeza de que são anjas disfarçadas de humanas.


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Noite de gala

Tá, não foi de gala, eu inclusive estava um bagaço na hora já, tinha saído de manhã pra trabalhar, de tarde para um evento extremamente relevante do qual saí voando pra entrega dos prêmios. Mas como diria Jack, vamos em partes.

Logo de manhã, no escritório, fui surpreendida pelas minhas adoradas Carmen, Flávia e Jéssica com um buquê de flores de tirar o fôlego, coisa linda mesmo, mas ok, a foto descreve melhor.


 À tarde participei de um evento contra o racismo – aquele que propagandeei esses dias na page – e que foi realmente sensacional (um abração pro Felipe, que me convidou, foi uma honra, colega!).

Deste evento, fui correndo pra Casa de Cultura, onde aconteceria a entrega dos prêmios. No meio do caminho a tensão e o cansaço cobraram seu preço; correndo morro acima meu joelho falhou duas vezes e eu quase fui pra entrega sem os dentes da frente. Mas ainda bem que o que eu não tenho de equilíbrio, tenho de experiência pra conseguir não cair de boca.

Fui a primeira a chegar, e, pra minha felicidade, o segundo foi o Abner, meu amigão querido (e com quem não bati nenhuma foto, como assim???) que foi lá todo dodói pra não perder esse momento.

Em seguida chegaram duas das pessoas mais incríveis que conheci na vida, Alcione e sua filha Renata, com uma orquídea de tirar o fôlego e uma latinha de Coca (YAYYYYYY!!!!). Meus pais chegaram logo depois, e, por fim, minha madrinha.



A cerimônia em si foi rápida, bizarro mesmo foi o fotógrafo oficial do evento desaparecendo exatamente na minha vez – aliás, nas minhas, porque né, foram duas. Mas ok, eu já sabia que eu não ia sair no jornal. O importante é que tanto a Renata quanto o Abner estavam apostos e não deixaram os momentos passarem sem muitos registros!









Por fim, claro, a foto coletiva. Além de ser a única com dois prêmios, eu também sou a mais larga e a mais baixa da foto – é muito amor pela exclusividade, né?


E como não poderia deixar de ser, foto com os prêmios e a galera que lá estava me prestigiando (Abner, um crime não ter uma foto contigo aqui!).




E agora minha casa, além de dois novos prêmios, também tem um jardim.


Do evento, corri pra aula, porque claro, sou uma excelente aluna. Minha surpresa foi ser recebida com aplausos pela turma toda no instante que entrei na sala. A escrita é um exercício muito solitário, mesmo que as pessoas nos contem o que acharam do livro depois, a gente não capta o sentimento na hora, as reações, etc, como um músico que vê a plateia cantando seu hit. Essas reações é que são o termômetro de que estamos acertando, e faz muito bem pra alma.

Obrigada de coração a todos que fazem parte dessa conquista. É muita gente pra citar, mas teve gente que REALMENTE fez diferença. Um beijo carinhoso à minha irmã, que não pode estar presente porque a gravidez a deixa exausta no final do dia, e eu sou plenamente capaz de compreender, e outro ao meu melhor amigo, que também não estava porque ele mora a apenas 700km de distância, mas que foi diretamente responsável pelo amadurecimento da minha literatura.

Obrigada, querido, por jamais “passar a mão da minha cabeça”, sendo sempre honesto em suas considerações, talvez, sem elas, eu estaria presa a uma escrita primária até hoje. Você me desafiou, e eu jamais serei capaz de agradecer o bastante.


Aos demais amigos, leitores e entusiastas, vocês são meu combustível. É pra vocês que eu escrevo. MUITO OBRIGADA.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Dose dupla

Eu tinha uma pequena frustração.

Ganhei vários prêmios na Academia Caxiense de Letras, 3 deles na mesma noite, mas me doía o coração nunca ter ganho o concurso literário da prefeitura, concorri duas ou três vezes, nem me lembro mais, mas sei que não tinha vontade, me parecia que meu tipo de escrita não agradava a prefeitura.

Esse ano eu lancei meu livro. Descobri a data do concurso quando faltavam menos de 15 dias pra terminar, e terminaria exatamente na minha semana de provas da faculdade. Na véspera do encerramento, ainda em dúvida do que fazer, decidi que não me cairia a mão se tentasse, pelo menos mais uma vez.

Dois contos peguei dos meus arquivos, aquele secretos, aqueles contos que nunca joguei na internet por saber que eles ainda podiam ganhar alguma coisa. O terceiro conto e as 3 crônicas, escrevi naquele dia, na véspera. Sei lá, baixou a santa.

Na manhã seguinte, fui à Biblioteca Pública. Enquanto cadastrava meu material, o rapaz que me atendeu me disse: "sempre sai algum vencedor inscrito no último dia". Sorri e respondi: "tomara".

Hoje, 03 de junho, à tarde, recebi uma ligação perguntando se eu respondia por (um nome que prefiro não citar), disse que não - que loucura é essa?? - mas a pessoa insistiu e citou outro nome. Daí caiu a ficha.

"ESSES SÃO PSEUDÔNIMOS QUE USEI NO CONCURSO!!!!"

Sim, oS pseudônimoS.

Porque eu ganhei dois...


2º lugar em crônicas - primeira vez na vida que participo com crônicas em qualquer espécie de concurso, e 1º lugar em contos.

Preciso dizer que eu precisei me controlar pra não gritar feito louca porque isso tudo aconteceu NO MEIO do meu expediente?

Enfim, to realmente super feliz com essa vitória. Sempre quis ganhar esse concurso, já aproveitei de ganhei em duas categorias. hihihihih

Quem quiser, dá uma chegada na premiação!